Na revista LER (julho/agosto de 2011), Paulo Ferreira assina um artigo com o título em epígrafe do qual transcrevo algumas passagens:
"A Rede de Bibliotecas Públicas (tal como a Rede de Bibliotecas Escolares) fez mais pelo livro e pela leitura do que qualquer outra iniciativa pública ou privada concretizada nos últimos 20 a 25 anos (os que consigo testemunhar) em Portugal.
Lançada na década de 80, a RNBP, foi capaz de trazer o livro para espaços aos quais só com muita dificuldade ele chegava (a biblioteca itinerante deu, então, cartas). São estruturas bem equipadas, com bons colaboradores que, muitas vezes, trabalham para lá do seu horário.
[...]
Numa altura de crise e troika, em que há um novo Governo, espera-se que o investimento e a aposta nesta área não diminuam. ..[...] será inadmissível que não se apoiem devidamente as bibliotecas existentes. E nos casos em que isso não for possível, ou se justifique a criação de novas bibliotecas, seria mau não aproveitar a Rede de Bibliotecas Escolares para, sob forma a definir, abrir estas estruturas a toda a população."
Importa dizer, a propósito, o seguinte:
- a cooperação entre bibliotecas públicas e escolares tem-se materializado em inúmeras ações de partilha de que as
Redes Concelhias de Bibliotecas são a melhor expressão;
- já há um número interessante de bibliotecas escolares que estão abertas à população local (em horário noturno e sábados);
- nas escolas secundárias, intervencionadas pela Parque Escolar, a biblioteca encontra-se sempre (salvo algumas exceções ditadas por constrangimentos arquitetónicos do edifício original) à entrada, com acesso fácil do exterior, exatamente a pensar num serviço público mais abrangente.
NOTA: Espero que as direções destas escolas e os respetivos professores bibliotecários consigam, de facto, colocar a biblioteca escolar aberta à comunidade exterior.
