Quando lhe perguntam o que faz, responde que
escreve. A palavra é a sua matéria-prima. Escreve o que lhe pedirem: cartas,
declarações de amor, discursos, convites de casamento, uma frase bonita para
acompanhar um ramo de flores, livros, press releases, textos para sites ou para
serem lidos em voz alta, contos de Natal personalizados, uma mensagem para o
atendedor de chamadas, um slogan. Não há limites. “Posso não saber pregar um
botão, mas consigo descrever epicamente o acto de pregar um botão. A palavra é o
meu trabalho, o meu lazer, o meu caminho”, garante. Marta Ramos, 39 anos, é a
costureira de palavras, uma espécie de cruzamento entre uma copywriter do
século XXI e a versão feminina de Cyrano de Bergerac mas “menos trágica e um
pouco menos nariguda”.
[...]
Começou com um blogue artesanal, mas depois do
facelift do site feito pelo Quarto de Mudança, a escrita à medida ganhou outra
visibilidade. Sempre quis ser escritora.
[...]
Criou com várias amigas o blogue Senhoras da Nossa Idade,
conversas de quem já passou os 30 e se aproxima dos 40. .
[...]
“Apesar de haver um lado muito íntimo e
solitário na escrita, de que eu preciso, há depois outro lado, o das parcerias
com gente inteligente e criativa, que me estimula imenso e em que acredito cada
vez mais”, conta. Marta não consegue estar parada e sente-se bem a fazer várias
coisas ao mesmo tempo. No Natal passado, lançou o desafio de troca de postais
entre gente que não se conhece e a coisa correu bem. Assumidamente apaixonada
pela correspondência que chega pelo correio, a costureira de palavras
compromete-se a escrever uma carta ou um postal em cada dia de 2013 e a
partilhar essa experiência no seu blogue. As cartas já andam por aí.
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