"Diferente do que se imaginava, o papel
do bibliotecário vem ganhando importância e amplitude diante da revolução que o
livro está passando. Ele assume hoje o papel de agente decisor na seleção e
indicação de conteúdos e formas de acesso. Como se localizar num mar de
informação disponibilizado em multiformatos e multiplataformas? Como
transformar a informação acessível e palatável aos usuários? Como manter seu
acervo atualizado e competitivo diante da concorrência de audiência de seus
usuários? Como medir com precisão o uso que seus usuários estão efetivamente
fazendo de toda informação disponibilizada, para justificar novos ou manter
investimentos? Estamos num tempo em que nunca se publicou tanto. O problema
óbvio é que nunca se publicou tanto lixo. Se recordarmos, não mais que 20 anos,
o empenho necessário para conceber um livro, falando apenas de sua dimensão
gráfica. Indispensável tiragem mínima de 3.000 exemplares e investimento pesado
na formação de um catálogo de uma Editora, para uma distribuição regional, no
máximo nacional. Muito diferente da realidade atual, invadida com sistemas
sofisticados de distribuição mundial, a um custo muito baixo e até gratuito.
Ainda continua-se reconhecendo qualidade garantida por processos editoriais
rígidos. A Minha Biblioteca é um exemplo ao manter um portfólio sólido de
livros universitários, construído por selos tradicionais formados pelas
Editoras Saraiva, Atlas, Grupo Gen e Grupo A, e disponibilizando este conteúdo
em formatos digitais de alta tecnologia. A tecnologia é o meio. Não se pode
perder o foco na qualidade e relevância da informação".
Richardt Rocha Feller [Diretor executivo da
Minha Biblioteca (plataforma brasileira de livros digitais formada por um
consórcio de editoras), jornalista, relações públicas e especialista em
Dinâmica da Informação]
[via blog do galeno]
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