No átrio interior da Casa Andresen há cabras
no ar, leões de garras afiadas e felinos a caçar veados. O que não há é luz.
A iluminação ténue que permite ver a
exposição depende exclusivamente das pequenas lanternas – oferecidas à entrada
– que os visitantes colocam na cabeça. Isto, porque os cerca de 120 animais
embalsamados, de 42 espécies diferentes, “não podem estar expostos à luz
solar”, explica o comissário, Luís Mendonça. Além disso, o uso do foco permite
ao visitante “ser actor” da própria exposição-instalação, e potencia a sensação
de aventura e descoberta.
[...]
A exposição pretende ser também uma homenagem à escritora Sophia de Mello
Breyner, que aqui morou vários anos e que, num dos seus contos, sonha com uma
baleia que invade o átrio da Casa Andresen. “Quisemos que, de alguma maneira,
se concretizasse o seu sonho”, afirma Luís Mendonça.
[...]
“Também convidámos vários escritores a escrever sobre a casa e sobre os
animais”, adianta Luís Mendonça, dando como exemplo os nomes de José Jorge
Letria ou Gonçalo M. Tavares. Os textos, que rondam os 2000 caracteres, vão ser
compilados e será editado um livro.
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