Os jovens já maioritariamente abandonaram o
consumo de notícias em papel, mas consultam notícias em dispositivos móveis
“num grau similar ao dos utilizadores mais velhos”, conclui um
estudo levado a cabo nos EUA pelo Projecto para a Excelência no
Jornalismo e pelo The Economist Group (que edita a publicação homónima).
Os dados indicam que 33% dos utilizadores de tablets entre
os 18 e os 29 anos consultam notícias neste tipo de aparelho, um valor que sobe
para os 38% na faixa entre os 30 e os 49 e que é ainda mais alto – 42% – entre
os utilizadores entre os 50 e os 64 anos.
Entre os utilizadores com mais de 64 anos, a
percentagem dos que lêem notícias nos seus tablets cai para 32%,
quase o mesmo do grupo etário mais jovem.
Já no caso dos utilizadores de smartphones –
e num fenómeno que pode ser explicado, em parte, pela dificuldade dos mais
velhos em ler nos ecrãs pequenos – há um decréscimo da consulta de notícias nos
patamares etários mais elevados.
Entre os 19 e os 29 anos, 37% consultam
notícias em smartphones. Este valor é de 40% nos utilizadores entre os 30
e os 49 anos e de 31% entre os 50 e os 64 anos. Desce para os 25% no caso dos
que têm 65 ou mais.
O facto de os utilizadores de dispositivos
móveis nas várias faixas etárias recorrerem de forma semelhante a estes
aparelhos para ler notícias poderá ter “implicações significativas” para os media,
apontam os responsáveis do estudo.
O estudo também inquiriu se o uso de tablets era
uma substituição de notícias consumidas noutras plataformas ou se era uma
prática cumulativa. “Mais uma vez”, lê-se no relatório, “poder-se-ia esperar
que as gerações mais novas, cujos hábitos noticiosos ainda se estão a
desenvolver, estivessem a acumular mais consumo de notícias do que as gerações
mais velhas”. Porém, “o contrário é verdade”, o que significa que os jovens
estão a usar os dispositivos móveis em alternativa a outras plataformas.
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