«De repente, virei a cabeça e tu já não
estavas. Perdeste-te?», diz Arturo, ao aperceber-se que ficou sozinho. Quem o
passeava desapareceu. Dessa pessoa nada sabemos: homem ou mulher, rica ou
pobre, nova ou velha, porque talvez nada disso interesse a um cão. Basta-lhe o
facto de ser o seu dono e companheiro. Apenas isso para que ao longo do livro
nos revele o seu amor incondicional numa procura incessante, numa construção de
um antigo e bem conhecido modelo de entrega, dádiva e amizade que nada pede em
retorno.
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