"No Anexo" o leitor é conduzido por Peter van Pels (rapaz que viveu no anexo com os Franks) e pela sua visão dos acontecimentos, totalmente diferente da de Anne Frank.
O desespero de Peter é evidente, assim como o ódio que sente por Anne e pelo seu diário, por não poder fazer nada para mudar a situação em que se encontra. Ter de ficar quieto, dia a pós dia, à espera que os nazis os apanhem deixa em Peter um enorme sentimento de impotência perante o inevitável.
Através do relato de Peter sobre o quotidiano no anexo, o leitor acompanha a mudança de sentimentos do rapaz por Anne, que passam do ódio ao amor, com todas as consequências que essa mudança tem para as pessoas que vivem ali escondidas.
Enquanto o diário de Anne Frank acaba a 4 de Agosto de 1944, em "No Anexo" o leitor acompanha a viagem dos ocupantes do esconderijo até aos campos de concentração e, a partir daí, a estadia de Peter no campo para onde foi levado. Como foi, o que fez para sobreviver, a dor e o sofrimento por que passou. Dogar capta com grande mestria aquele que deverá ter sido o sentimento de angústia e desespero das pessoas prisioneiras nos campos.
Ler +
Nenhum comentário:
Postar um comentário