“Well-run libraries are filled with people because what a good library offers cannot be easily found elsewhere: an indoor public space in which you do not have to buy anything in order to stay.” Zadie Smith

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

GOOGLE vs BIBLIOTECAS


il. by Claesju
O Google assume-se como um 'organizador da informação à escala mundial para a tornar universalmente acessível e útil' (”organize the world’s information and make it universally accessible and useful”). 

Então para que servirão as bibliotecas? Inúteis, hoje, na era digital?
Vejamos quais são algumas das vantagens do Google:
-  a consulta é rápida
- a consulta pode ser feita a qualquer hora e em qualquer local (desde que tenhamos um dispositivo com ligação à internet o que é cada vez mais vulgar...)
- as probabilidades de obtermos dados satisfatórios e corretos é alta 
- fácil obtenção de imagens, gráficos, gravações audio e vídeo
- o 'copy&paste' para citações, apontamentos, anotações, construção de bibliografia, listas de itens, permite uma fantástica economia de tempo na organização de documentos de trabalho
Mas... o Google tem também limitações que não são despiciendas:
- um investigador ou um especialista não pode trabalhar apenas com os dados fornecidos nas pesquisas através do Google pois a informação disponível é, apesar de tudo, restrita e nem sempre indexada com correção
- há muito 'ruído' nos dados armazenados que só uma competência em literacia da informação pode ajudar a detetar e a rejeitar liminarmente
E as vantagens das bibliotecas?
- disponibilização de informação tratada por especialistas
- apoio/assessoria personalizada ao utilizador e 'on demand'
- tal como acontece com o Google, muitas bibliotecas já possuem serviços 24/7
- conjuntamente com arquivos e museus, são os mais antigos, especializados e fiáveis repositórios do conhecimento humano
As bibliotecas não têm desvantagens? Sim:
- catálogos construídos tendo como público-alvo um utilizador erudito (que conhece uma linguagem de indexação complexa)
- horários de funcionamento desadequados aos ritmos de vida da atualidade
- uso muito limitado das potencialidades que a internet proporciona
- são pouco híbridas pois continuam muito assentes em documentos físicos de consulta 'in loco'
Perante estes factos (obviamente lacunares), penso poder concluir Google e bibliotecas não são incompatíveis antes devem completar-se com todas as vantagens que identificamos. O Google necessita do conhecimento depositado nas bibliotecas ao longo de séculos. As bibliotecas necessitam das poderosas 'engrenagens' que movem o Google para evoluirem para bibliotecas digitais. Nenhuma pode dispensar a outra. E a quem compete tornar isto claro? Aos bibliotecários, pois claro!



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