Fabrício Carpinejar é autor de dezessete livros e laureado com diversos prémios.Fala da leitura em um tom poético e criativo e diz que a estante não tem portas justamente para que as pessoas possam pegar os livros sem cerimónia. Para ele, quando o livro for tão importante quanto um domingo, com certeza os níveis de leitura no Brasil serão muito mais elevados.
Da entrevista ao Jornal do Professor, retirei apenas as excertos abaixo sublinhados. Toda a entrevista pode ser lida aqui
- A leitura não nos empresta somente palavras, nos empresta silêncio. Quem não lê dificilmente aprende a ficar quieto, aceitando a solidão como parte do pensamento. Ler é conversar consigo para melhor conversar com os outros. É organizar a experiência.
- A escola precisa entender que a criação e a leitura devem andar juntas. Não basta ler poesia, a criança depende de uma oportunidade para brincar com a poesia, escrever, entender como funciona, que ela não é à procura da beleza, é a procura da verdade.
- Biblioteca tem que ter a naturalidade de nosso braço.
- O livro fica em nossa vida quando emoldurado de encontros afetuosos.
- O jornal é menosprezado. O jornal é sempre uma porta de entrada para o livro.
- O livro tem de ser muito mais familiar do que a gente costuma ligar, manejar. Tem de ser algo mais acessível. A gente ainda trabalha o livro como estudo, não como prazer. Temos que estudar mais. Então ler mais é estudar mais, é se preparar mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário