Isabel Coutinho esteve na IV Conferência Internacional do PNL que teve lugar na Fundação Gulbenkian, dias 15 e 16. Hoje escreve, na revista Pública, sobre a intervenção de um dos convidados, Chris Meade, The amplified author and the creative reader.
Finalmente, aquilo de que falávamos, quase como uma metáfora, de que ler era uma atividade criativa em que estávamos empenhados, passou a ser uma realidade. Mas os amantes dos livros não tinham a mesma opinião. Achavam que eu me tinha mudado para o lado negro e que tinha passado a odiar livros.Temos vindo a perder algumas batalhas pela leitura. Falamos dos livros como sendo a leitura ótima para nos ajudar a adormecer ou para levar para férias.[...] Mas se ler realmente importa, a leitura tem que nos ligar![...]Somos todos mais transversais e mais multimédia do que gostamos de pensar que somos. [...] A primeira vez que se lê um livro num ecrã, como o de um iPad, percebemos intensamente que o livro não é um objeto. É uma experiência, acontece na nossa cabeça e acontece no nosso coração. A literatura não é feita de papel.[...]O momento do iPad parece-me muito mais importante do que a chegada dos e-readers que só permitem ler livros eletrónicos num ecrã. [...]Se queremos chegar às gerações mais novas, em qualquer parte do mundo, temos de perceber que elas estão a olhar para um ecrã: têm um telemóvel nas mãos e estão a olhar para ele. Se queremos chegar às pessoas é no telemóvel que devemos colocar os conteúdos.[...]É possível ler, agradavelmente, num ecrã de um aparelho que também serve para navegar na internet, para ver filmes.
Nota: sublinhados meus.
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