A Polícia Judiciária revelou que a faixa etária dos 10 aos 15 anos é quem mais acede à net (cerca de 92, 7 % , uma subida significativa tendo em conta os 35% em 2005 e 50% em 2008). Os perigos associados ao mau uso têm crescido sobretudo os que envolvem aliciamento sexual e sequestros. A verdade é que, de acordo com o inspector-chefe da PJ, Camilo Oliveira, há uma consciencialização da sociedade em geral que leva à denúncia mais frequente.
Para sensibilizar os menores para os riscos da Internet, especialmente para os aliciamentos sexuais, a Directoria do Centro da PJ assinou em Maio de 2007 um protocolo com a Direcção-Regional de Ensino do Centro. "Vamos às escolas explicar os riscos da Internet aos menores, aos professores e aos pais", concretiza Camilo Oliveira, que contabiliza 40 acções por ano. No Porto também foi feito um protocolo com a Direcção-Regional de Ensino do Norte, mas o objecto é a sensibilização para os crimes informáticos, desfiando fenómenos como o pishing (técnicas de acesso ilegítimo a contas bancárias movimentadas por Net) ou as burlas através da Net.
Helena Sampaio, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, mostra-se preocupada com este fenómeno e aconselha os pais a acompanharem mais os filhos na utilização das novas tecnologias. "Não vale a pena proibi-los de ter acesso à ferramenta, mas alertá-los para os perigos que eles correm com determinado tipo de utilização", afirma a psicóloga. Crianças isoladas, com problemas de socialização e de auto-estima estarão mais vulneráveis a este tipo de aliciamento. Aos pais, Helena Sampaio sugere que façam algumas simulações de algumas situações de risco, para perceber se os filhos respondem da forma adequada e aconselhá-los se necessário
Nenhum comentário:
Postar um comentário