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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

NÃO ME INTERESSAM AS MODAS, AFIRMA ANA SALDANHHA





A escritora Ana Saldanha concedeu uma entrevista à revista Ler, conduzida por Carla Maia de Almeida. No seu blogue, O Jardim Assombrado, podemos ler parte dessa entrevista ou, então, compramos a revista...Alguns excertos:
Sempre resistiu à vaga paranormal e mística que tomou conta da ficção juvenil, sobretudo nesta década. Ser realista está démodé?
Não me interessam as modas. De qualquer maneira, a notícia da morte da ficção juvenil realista tem sido muito exagerada.

Consegue tratar dos temas mais delicados – o racismo, a pedofilia, a gravidez na adolescência… – sem moralizar nem tomar partido, falando apenas pela voz dos personagens. Quando escreve não tem conflitos de valores?
A minha posição quanto aos temas que abordo é clara, acho eu, embora não aproveite a oportunidade para moralizar ou escrever manuais. Abordar esses temas em livros para gente nova é, por si só, uma tomada de posição.

Qual é o seu método de trabalho? Pesquisa para depois escrever? Trabalha em vários projectos ao mesmo tempo?
O meu método de trabalho é pouco metódico. Sou adepta involuntária do caos arrumado em gavetas. Às vezes, quando as abro, encontro o que procurava sem saber. Só uma vez fiz um plano pormenorizado de um livro que tencionava escrever e recolhi toda a informação de que julgava precisar. Nunca cheguei a escrevê-lo. Vários projectos ao mesmo tempo? Sim, alguns a levedar, outros a entrarem no forno, um pronto a levar a cobertura de chocolate. Gosto muito de fazer bolos – e de os comer.

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