Abri o livro impresso "Diários de
bicicleta", de David Byrne, e li dez páginas. Acessei no tablet o arquivo
do livro digital (extensão epub) "Diários de bicicleta", de David
Byrne, e li as mesmas dez páginas. Sentei em frente ao computador, abri o
arquivo do livro digital (extensão pdf) "Diários de bicicleta", de
David Byrne, e li novamente as mesmas dez páginas. O conteúdo era o mesmo,
ainda que um ou outro detalhe tenha me escapado em cada uma das leituras. Eu
poderia ainda abrir o arquivo do audiolivro (extensão mp3) "Diários de
bicicleta", de David Byrne, e ouvir as mesmas "dez páginas". Mas
não o fiz. Seria um tipo diferente de leitura, mas ainda assim seria uma
leitura.
O que é mais importante: o livro ou a leitura? O suporte ou seu conteúdo? O
objeto - que pode ser enfeite, ferramenta e até arma - ou a mensagem nele
contida? E aqui cabe outra pergunta: qual o objeto de trabalho do
bibliotecário? O livro ou a mensagem? A informação dirão todos. A mensagem, eu
digo. Pois há diferença entre informação e mensagem. Vou recorrer a Capurro:
mensagem é oferta de sentido e informação é seleção de sentido. Então
informação está do outro lado, no domínio do usuário. Mas esse não é o tema
aqui. O tema principal é o livro e a leitura. Afinal, livros existem para serem
lidos!
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