[desenho de André Letria]
Nesta edição de Palavras Andarilhas fizeram-lhe uma justíssima homenagem e Rita Pimenta entrevistou-o para o "Público" e é daqui que transcrevemos alguns excertos:
"Escreve-se para o efémero. Os leitores estão em trânsito para outros livros."
"Não me queixo de ser mal amado, como quase todos os autores portugueses: ursos mal lambidos.[...]Os meus livros já foram lidos por várias gerações."
"A Matilde era a patrona e parafinou gerações e gerações. Era a nossa figura tutelar. Deixou-nos uma responsabilidade maior, já não temos fada-madrinha, estamos por nós."
"Já fiz tudo, já encantei gente. Tenho razões para me sentir feliz e realizado mas, por outro lado, penso: e agora? O que é que me resta? [...] Pensei até fechar a loja mas continuo a ter encomendas. E não sei fazer mais nada. Sou péssimo em tudo. Nem guio sequer por causa da vista..."
É claro que nós, leitores fiéis e entusiastas, vamos continuar à espera de tudo o que o António Torrado escreve.
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