Estudante, frequentei o escritório de Lucio Costa e Carlos Leão, e logo depois trabalhei a convite de Rodrigo Melo Franco de Andrade no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Tudo isso foi muito importante para mim. Lembro Rodrigo a recomendar: “É preciso ler, sobretudo os clássicos, começando por Diogo do Couto, que com tanta clareza escrevia sobre as incursões portuguesas na África.” Recordo como, de minha parte, procurei atendê-lo. Em certa ocasião, agradava-me ler os romances do (Georges) Simenon, que os colegas do escritório desprezavam, vendo-os como narrativas policiais sem maior conteúdo. E lembro, a sorrir, o dia em que os fulminei, contando que acabara de ler Cartas ao Castor onde, satisfeito, (Jean-Paul) Sartre confessava: “Hoje li três livros de Simenon.” O importante é ler; tudo se entrelaça neste mundo perverso em que vivemos. Como a leitura pode nos levar a entendê-lo melhor, e fazer-nos mais simples e generosos! Há mais de cinco anos temos aula de filosofia e cosmologia no escritório, com meu amigo Luiz Alberto Oliveira. Não raro delas saímos pequeninos diante da grandeza do universo, mais conscientes da insignificância do ser humano, certos de que muita coisa não tem a importância que lhe damos, de que o essencial é criar um clima de solidariedade, olhar o nosso semelhante sem procurar defeitos – convencidos de que, como dizia Lênin, 10% de qualidade já basta para nos entendermos. Ler+
“Well-run libraries are filled with people because what a good library offers cannot be easily found elsewhere: an indoor public space in which you do not have to buy anything in order to stay.” Zadie Smith
sábado, 4 de julho de 2009
"É PRECISO LER!" - DIZ OSCAR NIEMEYER
O arquiteto Oscar Niemeyer, numa entrevista recente, não tem dúvida: "É PRECISO LER, SOBRETUDO OS CLÁSSICOS!"
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